Não há dúvida que o papel do Executivo Jurídico, especialmente o do primeiro responsável pelo Departamento Jurídico, vem expandindo rapidamente. Em conversas com alguns CEO’s de diversos setores econômicos, todos são unânimes em dizer que querem seus Gestores Jurídicos assumindo riscos e responsabilidades para muito além do âmbito estritamente legal.
Um destes CEO’s me disse que pede aos seus advogados internos que sejam “menos advogados”. O que poderia parecer uma ambiguidade, em realidade se traduz na mudança de paradigma do advogado “tradicional” que apenas aconselhava, para o advogado que assume e defende uma posição. Mudança do mero aconselhamento para um valioso embasamento de decisões de negócio. Ou seja, o que este CEO realmente quer é um “Jurídico sem Gravata”, um advogado que compreenda as necessidades do negócio e que participe das decisões empresariais.
Nesta mesma linha, levei o Presidente da empresa que atuo, Lair Hanzen, a um Fórum de Departamentos Jurídicos, com público constituído basicamente de advogados, para que pudessem ouvir diretamente de um presidente de uma grande empresa o que ele realmente espera do Departamento Jurídico. Mesmo sem termos ensaiado respostas, Lair pontuou que todos os profissionais devem desenvolver habilidades em diversas áreas, não somente nas que atuam. “Além do conhecimento técnico dos advogados corporativos, as empresas precisam contar com o apoio de profissionais que se desafiem, que conheçam a realidade das unidades, dos clientes e das equipes, e que estejam alinhados à estratégia e às necessidades do negócio.“, afirmou.
Mas como chegar lá? Há vários fatores que colaboram para o advogado se desenvolver, desde a necessária mudança comportamental até a busca do treinamento adequado. De qualquer forma, se você aspira ser um Executivo Jurídico de sucesso é vital que tenha uma visão mais ampla sobre assuntos relevantes à sua empresa. Nós advogados somos treinados para focar nos detalhes. Assim, devemos nos policiar para adotar uma perspectiva mais abrangente sobre o assunto a ser enfrentado. A expressão “conhecer o negócio” soa batida, mas o que ela realmente significa é a compreensão profunda sobre o modelo de negócio da empresa, bem como a cultura corporativa da organização em que está inserido.
A ampliação da atuação não se limita à forma, mas também ao seu escopo. Cada vez mais temos a liderança do Departamento Jurídico cumulando funções como, por exemplo, Compliance Officer, Secretário do Conselho de Administração, ou mesmo atuando com membro do próprio Conselho de Administração e de seus comitês, ou ainda desenvolvendo papeis relevantes na Governança Corporativa, Responsabilidade Social, Relacionamentos Governamentais, Assuntos Corporativos, Relacionamento com Investidores e até com o público consumidor. Em todas estas situações, o CEO quer que este Executivo Jurídico atue para além do direito, que atue diretamente no negócio, posicione-se e proteja a imagem e a reputação da empresa perante os mais diversos stakeholders.
À medida que o envolvimento do Gestor Jurídico amplia-se dentro da organização, sabemos que não basta formação e experiência em Direito. O advogado deverá demonstrar sólido conhecimento e compreensão dos valores da organização, e ser capaz de gerir o Departamento Jurídico de acordo com a estratégia da empresa.
... “Possuímos uma visão empresarial moderna, informal, econômica e estratégica na sua forma de atuar, dentro e fora do mundo corporativo...”
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